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terça-feira, 12 de abril de 2011

Libélula



Elas surgiram no calor dos primeiros raios,
No vapor dos últimos orvalhos
Saciaram a sede antes das danças frenéticas.
E no vapor deles batendo as asas translucidas
Espalharam aroma de folha verde pelo ar.
Cruzaram o ar a todos os lados,
Quase suspensa como beija-flor aventaram
Sopros sobre meu rosto.
Distribuíram alegria e movimento no raiar do dia,
Mergulhando toda agonia no riso.
Ressuscitando o juízo outrora perdido no abismo
Doido do veredito destemido da separação.
E entre os estalares de suas livres asas
Passeiam por entre flores
Jardim secreto do meu amor.
Cantando canções de jubilo,
Jubilo de alegria,
Quando no calor dos primeiros raios
Anunciam uma pequena luz de esperança
Na sina ordenança de não mais ser dela
Todo aquele único amor.
Ah libélulas livres,
Quisera ser assim como és,
Poder beber do sereno,
Voar aos raios do sol,
Espalhar aromas de folha verde,
E amar integralmente
Antes que o breu da noite
Diga que é muito... Tarde.


Adalberto Z

2 comentários:

  1. Maravilhoso seu trabalho, sabe envolver as palavras e desfechá-las numa mensagem com sentimento e expressão, imaginamos o que está acontevendo, Parabéns. Fiquei feliz em conhecê-lo.
    Eliana

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