Existe um lugar capaz de anular o pensamento de um poeta?
Estancar toda sua imaginação?
Tornar estéreo toda sua capacidade de criação?
Existe um lugar capaz de tornar um poeta um ser comum?
Como algum destes tantos a caminhar nas ruas deste mundo?
Olhar pedra e ver pedra!
O mar, mar!
As estrelas, estrelas!
Eliminar a profundidade da mágica visão, presente, gêmea desde o nascimento?
Existe um lugar capaz de eliminar a capacidade de um poeta de voar, voar, voar...
Por fim no milagre quase de Midas, envoltos em suas mãos quando quase em possessão gera e faz nascer à poesia viva?
Hei alguém me ouve?
Existe um lugar?
Existe um lugar onde possa não mais ver a divina revelação da essência de saber cantar o amor?
Quem poderia ajudar, a desprender da alma, a marca de um amor, todos os resquícios apagar, e não sobrar nenhum vestígio?
Existe um lugar onde mergulhar e sair limpo?
Como fazer para devolver esta centelha divina, premiada no poeta antes de vir?
Para quem dizer... Não quero mais?
Existe uma cobertura para usar e parar de jorrar?
Por que não estancar, estas palavras sobrenaturais, carregadas de perfeição, afiadas como uma perfeita espada, capaz de esquadrinhar o amor por dentro e por fora?
Como matar um poeta?
E salvar o homem?
Será que é o fim, quando enfim encontrar um lugar para dar um ultimo grito.
E gritar, gritar, gritar...
Não posso mais amar!
Existe um lugar?
Hei alguém me ouve?
“Silencio”
Existe um lugar. É no silênciar que encontramos as respostas.
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