Pesquisar Neste blog

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dos Grilhões


Isolado,
Abraçado pelo breu,
Negrume impiedoso,
Inclemente, de açoite voraz.
Senhorio poderoso,
Sentencia-me ao tronco.
Preso.
Serve-me gemidos,
Serve-me medos,
Rasga a fonte dos olhos
Faz gerar lagrimas.
Transforma nossas mágicas mãos...
A ponto de penetrá-la
No peito e com a mão cravada
Tentar arrancar de lá o coração.
Desalojar a sensação impiedosa
Da agonia de não poder amar.
Escravo!
Quem ama o é.
Só, esse amor acorrenta,
E o som que se escuta é o tilintar
Dos grilhões,
Dos elos frios,
Das algemas.
Só, é preciso arrancá-lo do coração.
Arrancado, os dedos se recusam a abrir,
E ele ainda pulsante rebela-se na palma
Ainda preso entre os dedos.
Pulsa, pulsa, pulsa...
Alado, em liberdade voa,
Voa de volta ao peito ou...
Procura uma nova paixão.
Decisão.
O que tu desejas?
Ser livre ou
Ou guardar no peito
Esse apaixonado coração?


Adalberto Z

Um comentário:

  1. seus poemas sempre me levam a refletir sobre as coias que ainda quero pra mim

    ResponderExcluir