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sábado, 30 de abril de 2011

Joaninhas

(Coccinelas)

Há dias que joaninhas
Beijam-nos,
Elas dançam no ar
Pousam no rosto
Como pontos rubios nas faces
De tão pequenas
Quase sempre não percebemos
Serem elas gotas divinas
De um imenso carinho
Entregue secretamente
Na brisa das manhãs.


Adalberto Z

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Inesgotável

Eu tenho para ti um amor inesgotável
Daquele teimoso
Que vai e volta.
Que faz perder a voz,
Que tira o sono,
Inquietante,
Extremamente penetrante.
Eu tenho para ti um desejo inimaginável
Daquele extremoso
Que sobe e desce.
Que arrepia a pele,
Que tira o fôlego,
Inexplicavelmente gostoso.
Eu tenho para ti uma proposta
Daquela indecente
Que arrepia e aquece.
Instigante
Que você jamais esquece
Tenho para ti um punhado de sonhos
Daqueles perfeitos
Que povoa a mente.
Que atrela as mãos,
Que eleva os pés às nuvens.
E alegra a vida,
Fazendo pleno cada segundo.
Tenho para ti um amor inesgotável
Daquele de fonte
Que nunca acaba.
Imprevisível, Criativo, Alegre,
Amor que arranha,
Que bebe manha nas manhãs.
Que suspira à tarde em cada olhar,
Que torna a noite menina,
Que serena a lua ao pensamento,
Tenho para ti um amor inesgotável
Que chega dar medo,
Medo de ele voar de repente,
Antes de ser plenamente vivido.
E ele é assim quase um alado
Se por você não for inteiramente
Saciado.
Tenho para ti um amor inesgotável.

 
Adalberto Z

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pacientar

Na estrada...
Na odisséia da caminhada,
Avistei desesperada,
Contemplando cada pedaço
Em mim despedaçado,
Esfarelando no caminho.
Os ventos,
Os raios,
As tempestades impiedosas.
Açoitaram-me por todo o caminho.
Sobraram apenas rabiscos de um homem
Outrora inteiro.
Restando apenas pedaços, separados e
Lançados ao vento no embate de chegar
Lá, onde ela repousa apaixonada.
Sobreviveram apenas palavras,
Estas que definem o meu amor.
Elas lançadas como flechas diretas
Ao coração dela, coração derramado
Mortalmente apaixonado.
Palavras que abrem o caminho,
Chegam antes,
Penetrantes.
Fia o meu sonho oh palavras minhas,
Faze-a pacientar.
Sabendo antes por palavras e declarações
Que ao fim... Cansado, esfarelado, mas, no entanto
Apaixonado,
Seu amor chegará
Para finalmente nos braços dela
Restaurado repousar.


Adalberto Z

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Frágil, forte e majestoso.

Quão frágil é o coração, e por mais que tenha vivido...
Sempre terá a essência de uma criança; não premedita, não se fecha e se peca, será por inocência.

Quão forte é o coração, e por mais que tenha quebrado ou ferido...
Terá a alma da fênix e o privilegio das árvores, reconstrói sua forma e refaz seus ramos.

Quão poderoso é o coração, e por mais que tenha motivo contraposto...
Sempre terá o seu lugar majestoso no conjunto da nossa existência e comandará as conquistas de uma história que nos faz a vida

Quem mais sabe como ser e agir!
E nos momentos ruins e melhores dar, produzir e conduzir a vida...
Senão este frágil, forte, poderoso e majestoso coração!


Adalberto Z

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Esperança


Havia dentro do desejo que invadiu a minha vida, algo que roubava meu nexo, aniquilava minha sensatez e me tomava o passo.
Cadenciava-me a um mundo impregnado pelo sabor atordoante de uma mulher apaixonante, mulher que por mais que almejasse, estava sempre distante.
Estava lá.
Repousando no fundo do meu coração.
Sobrepôs ao desejo,
Ao sonho,
Sobrepôs a mim e partiu.
Partiu junto com ela, para sempre.
Para sempre?

Ps. Esta é uma das primeiras que escrevi - faz tempo...

Adalberto Z

terça-feira, 19 de abril de 2011

Recusa - Rifiuto


Eu não quero estar com você todo dia.
Porque é bom sentir saudade!
Eu não quero ver você sempre.
Porque é gostoso imaginar teu rosto!
Eu não quero tocar você constantemente.
Porque é fundamental aumentar o desejo a cada dia!
Eu não quero ser sempre teu.
Porque reconquistar dia após dia, é um dever!
Eu não quero estar com meus olhos fitos no teu toda hora.
Porque enganar a nossa alma que somos livres é bom!
Eu não quero deitar no teu colo, ao voltar pra casa.
Porque o meu às vezes é melhor para alojar você!
Eu não quero chorar por você.
Porque é divino amar, mesmo sem ser correspondido!
Eu não quero deixar de amar você.
Porque quem eu sou, sem amar você?



Io non voglio stare con te tutti i giorni
Perche é buon sentire la tua mancanza!
Io non voglio vederti sempre
Perche é delizioso immaginare il tuo viso! 
Io non voglio toccarti con costanza
Perchè é fondamentale ingrandire il desiderio ogni giorno!
Io non voglio essere sempre tuo
Perchè riconquistare di giorno in giorno é un dovere!
Io non voglio stare sempre con miei occhi fissi nei tuoi
Perche ingganare alla nostra anima ,che siamo liberi é buon.
Io non voglio il tuo riparo,perche delle volte é meglio darti il mio
Io non voglio piangere per te
Perchè é divino amare,anche senza tua rispondenza
Io non voglio lasciare di amarti,
Perchè chi sono io,senza amarti?
Adalberto Z

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Vale Encantado


Existe um lugar no vale encantado onde o orvalho
reflete o sol e encanta o coração.
E um aroma de flor toma conta do lugar e aprisiona a
vontade de uma forma descontrolada, e ela desesperada
busca uma brecha para explodir todo seu desejo.
Ela pede para os olhos falar...
As mãos cantar...
O corpo aquecer...
E livre, totalmente livre clama para que possa
mergulhar no lago da paixão perfeita.
E o orvalho?
Continua a fluir.
E a fragrância domina, e o primeiro a ser cativo é o
pensamento, dominado fica quieto.
Quem pode pensar em alguma coisa na hora que o comando
é apenas dela, a loucura.
E o orvalho?
Continua a fluir.
E o caminho para satisfação é a fusão, e num mar de
emoções e sensações rasga-se a vontade sem medida na
via sinuosa, onde cada pedacinho deste caminho põe-se
em pé para reverenciar a vida.
Existe um lugar no vale encantado onde o orvalho
reflete o sol, e este calor não suporta mais de tanta
vontade.
E o orvalho?
Continua a fluir.
Existe um lugar no vale encantado onde o orvalho não
cai, flui.

Adalberto Z

sábado, 16 de abril de 2011

Frases C. Drummond A.

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.

Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
Carlos Drummond de Andrade

É menor pecado elogiar um mau livro sem o ler, do que depois de o ter lido. Por isso, agradeço imediatamente depois de receber o volume. Não há vida literária plenamente virtuosa.
Carlos Drummond de Andrade

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Metade

Composição : Oswaldo Montenegro
 
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

Ps. Assinaria com orgulho, linda demais

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dos Grilhões


Isolado,
Abraçado pelo breu,
Negrume impiedoso,
Inclemente, de açoite voraz.
Senhorio poderoso,
Sentencia-me ao tronco.
Preso.
Serve-me gemidos,
Serve-me medos,
Rasga a fonte dos olhos
Faz gerar lagrimas.
Transforma nossas mágicas mãos...
A ponto de penetrá-la
No peito e com a mão cravada
Tentar arrancar de lá o coração.
Desalojar a sensação impiedosa
Da agonia de não poder amar.
Escravo!
Quem ama o é.
Só, esse amor acorrenta,
E o som que se escuta é o tilintar
Dos grilhões,
Dos elos frios,
Das algemas.
Só, é preciso arrancá-lo do coração.
Arrancado, os dedos se recusam a abrir,
E ele ainda pulsante rebela-se na palma
Ainda preso entre os dedos.
Pulsa, pulsa, pulsa...
Alado, em liberdade voa,
Voa de volta ao peito ou...
Procura uma nova paixão.
Decisão.
O que tu desejas?
Ser livre ou
Ou guardar no peito
Esse apaixonado coração?


Adalberto Z

terça-feira, 12 de abril de 2011

Libélula



Elas surgiram no calor dos primeiros raios,
No vapor dos últimos orvalhos
Saciaram a sede antes das danças frenéticas.
E no vapor deles batendo as asas translucidas
Espalharam aroma de folha verde pelo ar.
Cruzaram o ar a todos os lados,
Quase suspensa como beija-flor aventaram
Sopros sobre meu rosto.
Distribuíram alegria e movimento no raiar do dia,
Mergulhando toda agonia no riso.
Ressuscitando o juízo outrora perdido no abismo
Doido do veredito destemido da separação.
E entre os estalares de suas livres asas
Passeiam por entre flores
Jardim secreto do meu amor.
Cantando canções de jubilo,
Jubilo de alegria,
Quando no calor dos primeiros raios
Anunciam uma pequena luz de esperança
Na sina ordenança de não mais ser dela
Todo aquele único amor.
Ah libélulas livres,
Quisera ser assim como és,
Poder beber do sereno,
Voar aos raios do sol,
Espalhar aromas de folha verde,
E amar integralmente
Antes que o breu da noite
Diga que é muito... Tarde.


Adalberto Z

domingo, 10 de abril de 2011

Conversão


Dizer-me orgulhosa,
Que és tu, mulher forte!
Não mente, verdadeiramente a mais pura das verdades!
Entretanto sofres novamente do mal que á tornou forte.
Baixa novamente a tua guarda, e ama!
Apaixona-se.
Faz-me apaixonar.
Fica delicada.
Distrai-se...
E me ama.


Adalberto Z

sábado, 9 de abril de 2011

Sintonia


Como poderia saber,
O sabor que tem um amor?
Que nasce assim... Sem avisos, sem sinais!
Como ler as batidas do coração?
Se ele me toma assim desprevenido.
Transforma-o de frio em ardido calor e aquece sem prévio sinal.
Ainda totalmente sem escrúpulos toma o domínio daquilo que por convicção pensava ser totalmente sob controle.
Hoje o controle é dele, que de tanto querer,
Descompassa em um ritmo frenético quando sente o aroma dela
A fragrância natural dos seus cabelos
E ouve com precisão o ruído do descompasso dos corações apaixonados.
Havia um lugar nele não atingido, estava lá, repousando intacto, inexplorado, quase inatingível...
De súbito foi descoberto, posto desnudo, de joelhos, totalmente aberto a mágica sensação de amar, amar de verdade.
Um amor de menino, transbordante de pureza,
Ávido por saciar-se como uma gaivota num mar espelhado e azul.
Lá no fundo, bem escondido havia um lago de cristal feito de pura lagrimas de solidão,
Ele sabia sim ele sabia que o dia chegaria...
Como seria?
Não tenho duvidas.
Ele sabia!
Adalberto Z

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coccinella


No crepúsculo... Já quando a escuridão se agiganta,
Surge no tilintar de uma canção de amor a lembrança.
Saudade das noites de encanto, onde olhos, corpos e alma repousavam
Abraçados a quem lhe provocava o amor.
Ah o amor... Dele restou apenas a dor sob a brisa e o tilintar de uma canção.
E como inverno frio, passou, eis que surge a primavera.
E com a primavera as flores, cores, sabores promovendo o renascimento.
Beija-flores,
Rosas,
Tulipas,
Margaridas
Orquídeas,
Coccinellas, Elas pintadas sob as rubias asas como pingos negros.
Passeiam sob as pétalas com suavidade e doçura, Coccinella menina sob a pele dourada.
Menina encantada, convidando a ser amada.
Ah Coccinella... Delicada feminina.
Colore a primavera quase discreta em sobrevôo sob as pétalas.
Fazendo nascer um sol de alegria em nossa vida.
Ah Coccinella... Menina.
Desabrocha em mim o sorriso,
Brilha em mim sua luz,
Suaviza meu desejo,
Realiza meus sonhos,
Repousa nos meus braços.
E na aurora, já quando a luz nos envolve...
Veja nos meus olhos coloridos como a primavera
Que um novo amor em ti chegou.
Ah Coccinella... Menina.


Adalberto Z

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Lutando com o destino


Quem inspira um coração de uma forma encantadora e o faz quebrantar e deixar-se amar, jamais será esquecido.
embora este coração fique totalmente quebrantado, fortalecerá com os passos do tempo.
Seria possível suprimir alguém assim dentro de si, ou tirar do coração?
Seria possível alguém fazer isto tendo o tempo desta estação ou em quantas mais existir?
Como fazer para quando reencontrar quem amamos o coração não disparar, não sentir o desejo aflorar com um descontrole...
Como fazer para não sonhar com os olhos cativantes, ou sentir o aroma que encanta e domina os sentidos?
Seria possível ao menos sentir o sabor de cada coisa linda que chega pelas estrelas do céu de uma noite fresca, ou pela brisa da noite silenciosa?
Como fazer para dizer a este coração que não mais poderá ter esperança?
E que a segurança que o fazia planar não existirá mais, e o tombo das nuvens é questão de momento!
Quem é capaz de apagar toda delicadeza oferecida de um amor?
Que maldade é capaz de ofuscar uma história linda de uma ligação de alma?
Será que uma impiedade enganadora o pode fazer?
Covardia ou medo?
Qual é o sentimento que provoca uma atitude desesperada de clamar aos deuses para por fim a um amor descontrolado?
A resposta é não ter pressa!
Não será um ou outro coração o responsável por qualquer mudança
Ou reorganização... Ou que fará a retomada do controle!
Nada podemos fazer!
Como pode um coração blasfemar a ponto de afirmar que o amor judia!
Existe um fato e este é, o amor vicia!
E se um não quiser os dois nunca morrerá!
Mesmo querendo, toda vez que fechar os olhos o verá ali sempre juntinho, tentará não lembrar, mas toda vez que tentar, vai se pegar pensando em como não esquecer um amor mágico assim.
E se quiser pode até tentar ficar em silêncio, mas certo será que terá a companhia da mais aguda dor da saudade até que vença o medo...
E pare de brigar com o destino.

Adalberto Z

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sangria

De longe calada,
Contempla.
Estática,
Não sabe onde
E o que fazer.
Derrama a noite,
Esparrama a dor.
Calada,
Retém a chave
Arrocha o grilhão
Sacrifica o amor.
Agonia o dia,
Com cruel maestria.
Não sabe a sangria
Que noites e dias,
Nele desesperado
Fluiria,
Fluiria,
Fluiria... Até que a morte
Dele, ou a vida o alforriaria.


Adalberto Z

terça-feira, 5 de abril de 2011

Instinto Perfeito

Intrigante,
Esse instinto perfeito
De saber meu jeito
De entrar, ficar e povoar o pensamento.
Estimulante,
Esse aroma viciante
De torna-me viajante
Caminhante em direção do teu abraço aconchegante.
Brilhante,
Essa tua inteligência
De saber meu pleito
De sanar, atender e eleger-me único dono de seu amor.
Insinuante,
Essa dança feminina
De saber ser menina
De beijar, afagar e ser felina
Assim encanto emoldurado no por do sol na marina.
O sol não te rouba o brilho
Nem a lua ofusca teu encanto.
Sejas sempre assim...
Intrigante,
Estimulante,
Brilhante e
Insinuante
Com este teu instinto perfeito
De saber meu jeito.

Adalberto Z

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Caminho para liberdade


Liberdade, não seria esta a primeira sensação a sentir quando o amor bate a nossa porta?
Mas a cada suspiro de encanto e desejo, se afirma uma aliança direta que nos prende ao motivo do encanto.
Um a um caem os conceitos, e ficam apenas os que trazem o sabor de estarmos juntos, vivendo o novo, até mesmo aqueles que nos põem como meninos inexperientes, aqueles que censurávamos caem, sem clemência um a um.
Liberdade, não seria ela que buscamos em todas as direções, e o novo amor de uma forma louca nos concede apenas vive-lo, mas não possuí-lo.
Quando amamos, ela a liberdade nos é apresentada em prisma, e em determinados lados nunca poderemos tocar, tal qual a principal árvore do jardim, não é permitida.
Livre, será o pensamento!
Livre, será o sonho!
Livre, será o desejo!
Livre, será o amor...
Preso, é o coração!
Liberdade não era o que nosso coração queria?
Na ausência de alguém para amar, era ele livre?
Sim!
No entanto
Preso, era o pensamento!
Preso, era o sonho!
Preso, era o desejo!
Preso, era o amor...
Livre, era o coração!
Ah... O amor ele assim suave, chega de mansinho e alforria o escravo, e aprisiona o senhor.
Afinal o que deseja o nosso coração?
Ser livre...
Ou morrer na escravidão?

Adalberto Z

domingo, 3 de abril de 2011

Existe um Lugar?

Existe um lugar capaz de anular o pensamento de um poeta?
Estancar toda sua imaginação?
Tornar estéreo toda sua capacidade de criação?
Existe um lugar capaz de tornar um poeta um ser comum?
Como algum destes tantos a caminhar nas ruas deste mundo?
Olhar pedra e ver pedra!
O mar, mar!
As estrelas, estrelas!
Eliminar a profundidade da mágica visão, presente, gêmea desde o nascimento?
Existe um lugar capaz de eliminar a capacidade de um poeta de voar, voar, voar...
Por fim no milagre quase de Midas, envoltos em suas mãos quando quase em possessão gera e faz nascer à poesia viva?
Hei alguém me ouve?
Existe um lugar?
Existe um lugar onde possa não mais ver a divina revelação da essência de saber cantar o amor?
Quem poderia ajudar, a desprender da alma, a marca de um amor, todos os resquícios apagar, e não sobrar nenhum vestígio?
Existe um lugar onde mergulhar e sair limpo?
Como fazer para devolver esta centelha divina, premiada no poeta antes de vir?
Para quem dizer... Não quero mais?
Existe uma cobertura para usar e parar de jorrar?
Por que não estancar, estas palavras sobrenaturais, carregadas de perfeição, afiadas como uma perfeita espada, capaz de esquadrinhar o amor por dentro e por fora?
Como matar um poeta?
E salvar o homem?
Será que é o fim, quando enfim encontrar um lugar para dar um ultimo grito.
E gritar, gritar, gritar...
Não posso mais amar!
Existe um lugar?
Hei alguém me ouve?
“Silencio”


Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

Vinicius de Moraes

sábado, 2 de abril de 2011

Azul da Cor do Mar

Existe um lugar onde os deuses reservam segredos para dá-los aos homens, Fazendo nascer nas mentes as revelações perfeitas, e a forma que os homens mortais utilizam para eternizá-la são os livros, um a um são gerados na perfeita vontade divina e descritas nas mãos dos que afinam a sensibilidade de captar o que a alma deseja.
E se a alma tem sede, saiba que as letras até então secretas, servem para nos saciar a sede do saber.
Feliz é o ser que ouve no vento e grava em letras os segredos dos deuses.

Aguardem, em breve Azul da Cor do Mar - livro de poesias

Adalberto Z

Outros Autores

Prezados amigos
Criamos este Blog para apresentar algumas de nossas poesias, no entanto estaremos publicando periodicamente poesias de autores famosos para nosso deleite, claro que amantes da poesia terão prazer em ler, gostaria de receber sugestões e indicações para publicarmos neste Blog que acabou de nascer, recomendo cadastre seu email ou torne-se seguidor, assim as postagens novas serão imediatamente indicadas para todos os amigos que prestigiam nosso Blog Apaixonar.
Outra recomendação e petição enviem emails aos amigos para virem conhecer este Blog, utilizem a ferramenta de enviar a todos seus contatos agradeço a todos que fazem deste espaço um lugar de inspiração.
Grato sempre
Adalberto Z

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma resposta



Sentei a beira do mar a hora do crepúsculo, esperei o descansar do sol e meus olhos passearam por todos os lados a procura de uma resposta e eles estavam atentos à procura de um sinal...
Dormiu o sol e não vi.
No cume do monte abraçado pela relva me deitei, exatamente no sono do sol, e ela a lua na beleza crua com sua luz refletida não pode dizer-me a resposta, tão pouco no seu encanto mostra-me o sinal...
Fugiu a lua e não vi.
Antes da fuga, no entanto apresentou-me as estrelas e todas quantas pode diante de meus olhos passarem e em seus sussurros indicar, nada pode aproveitar, pois a resposta não encontrei.
Correram as estrelas e não vi.
Sob o jardim, no abraço das flores, com os olhos fechados e acariciados pela brisa, impregnada pelo aroma delas, abri o pensamento até o ponto de um transe sobrenatural e o ouvido sensível tentava escutar apenas algo que pudesse indicar a resposta ou apenas um sinal...
Foi-se a primavera e não vi.
No canto forte das correntezas do rio, parei, e em reverência, as aves e seres que ali vivem também calaram e o canto ecoa, ecoa, ecoa, mas a resposta não me vem, e vejo toda beleza, menos o sinal...
Escorregaram-se as águas e não vi.
Ao amanhecer nos braços da verde campina e no brilho do sol refletido nos orvalhos esquecidos pela noite olhei um a um, e a resposta, não encontrei, tão pouco um sinal...
Evaporados foram os orvalhos e não vi.
Olhei ainda nos olhos puros das crianças, nas marcas cravadas na face dos antigos, na singeleza das virgens, no seio da cortesã, no silencio dos vales, nos gritos da revoada dos pardais, nos sons das asas do beija flor...
Procurei, procurei, procurei...
Gritei, implorei...
Ninguém ou alguém...
Foi capaz de me responder como e de onde surgiu este meu amor por você, que me toma a razão e me deixa assim...
Encantado.


Adalberto Z